segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ataque ao Pico Chapéu do Bispo (2030m) e Pico do Selado (2082m) - Monte Verde, MG

No dia 09/05/15 saímos de São Paulo, (Natanael, Bruno, Marília e Yuri), no início da madrugada para mais um ataque, o destino seria a cidade de Monte Verde em Minas Gerais, uma cidadezinha parecida com Campos do Jordão, mas de menor proporção.
Ao entrarmos na cidade pelo Portal fomos em frente pela rua principal até a Agência do Bradesco, dai viramos a direita na Rua Mantiqueira, a trilha começa ali, mas pode-se deixar o carro um pouco mais acima no Café Plato, nos arrumamos para começar a subida, estava muito frio, saímos todos bem agasalhos, inclusive com luvas e embora estivesse uma Lua bem visível estávamos todos com lanternas, era por volta de 3h30 da manhã quando partimos.
A subida é tranquila, mas deve ter cuidado com o piso úmido, pois o caminho principal tem várias rochas no chão e uma quantidade escassa de água escorrendo, existem várias bifurcações, mas deve-se seguir sempre o caminho com rochas pelo chão.
Por volta de 30 minutos de caminhada chegamos ao Plato principal, e por incrível que pareça sempre nos perdemos nos Platos, pelos relatos que lemos, deveríamos achar uma placa escondida e achar um caminho com duas direções, não achamos a placa, mas achamos os caminhos que se dividem, seguimos em frente porque achamos coco de cavalo na trilha, que também foi uma dica dos relatos, depois de uns 10 minutos chegamos numa Pedra enorme.
Ficamos divididos, seria ali o Pico do Selado? Deveríamos ter caminhando 1h30 depois do Plato, outros diziam que seria este tempo desde o Banco no início da cidade, tentamos outro caminho que continuava após dar a volta nesta rocha grande, decidi ir sozinho por uns de 15 minutos andando para ver aonde dava e só teve descida e percebi que este trecho levaria para outro Pico e não o Selado, voltei até o pessoal e decidimos voltar até a enorme rocha, só poderia ser ali mesmo, mas chegamos rápido demais e isso me intrigava.

Seria uma escalaminhada até o topo, do lado leste visualizamos dois ferros enormes que serviriam de apoio para a subida, depois de passar pelos ferros tentei subir a rocha final até o pico, mas só consegui chegar até a metade dela, não daria por ali sem equipamento, o Bruno viu logo do meu lado esquerdo uma fissura na rocha, era um caminho que levaria até o pico, caminhamos até o final e chegamos no topo, um frio danado com um vento muito forte, indicamos o caminho para a Natalia e o Yuri subirem, nos abraçamos, gritamos, fizemos poses, tiramos fotos e esperamos o nascer do Sol, que com isso deu uma esquentadinha, mas com tanto vento a sensação térmica ainda era muito baixa.
Descemos a rocha do ataque final e resolvemos comer todos, dali era descer e ir embora, porém ao chegar novamente no Plato, resolvemos parar um pouco para olhar melhor aquele lindo visual, tirar mais fotos e alguém viu um caminho que não conseguimos ver na ida porque estava de madrugada ainda e chegando perto vimos a placa que não achamos, nela indicava o caminho para o Pico do Selabo (2082m), conclusão, não havíamos chego no Selabo e sim no Pico do Chapéu (altura 2030m), tínhamos feito o pico errado. Então resolvemos ir ao Selabo verdadeiro, seriam quase uma hora de trilha para cima.

Explicando para quem vai ao Pico do Selabo e esta subindo pela Rua da Mantiqueira: Ao chegar ao Plato principal, continue andando e vá até o final olhado para o seu lado direito e para baixo, terá uma entrada um pouco fechada de uma trilha com uma plaquinha branca pendurada apenas por uma ponta entre alguns galhos.
Seguimos em frente, muita lama, pés atolados, visualizávamos a chegada e dai víamos um pico maior adiante, existem muitas trilhas secundárias, só íamos pela principal, depois que chegamos numa placa enorme da Melhoramentos informando o Pico do Selabo nº9, sabíamos que estávamos perto, depois vimos a placa de nº10, chegamos a Rocha principal do pico, demos a volta por ela e passamos por baixo e claro subimos pelo lado mais difícil, ao lado da famosa “Janela do Selado”. 

Era o ataque final, subimos eu e o Bruno, sempre nos ajudando, chegamos ao pico, uma névoa cobria tudo e não enxergávamos nada ao lado, estava um vento forte e não dava para brincar, pois seria um tombaço, fiquei deitado observando, para assinar o livro, teríamos que saltar uma fenda de uns 70 cm com altura de 5 metros.
Dois problemas: do outro lado não era um terreno plano, era declive ao saltarmos teríamos que ter o equilibro de ficar em pé; o outro problema pior era o vento que dificultaria o pouso, então decidimos não arriscar, o que é uma assinatura em um livro? O mesmo que uma medalha no final de uma prova de corrida? Não fazemos por isso, nosso ego não esta acima de nossa segurança e de quem vai conosco aos pico, a conquista é pessoal e não para os outros.
Descemos e seguimos o caminho de volta, gastamos uma hora até o Café Plato, chegando lá as 10 horas paramos para comer e beber algo, brincar com os lindos cachorros do lugar e arrumar as coisas, no caminho ao Plato encontramos algumas pessoas subindo, ia ter um certo transito na parte da manhã, por isso é bom subir na madruga, além de ser mais difícil é mais calmo.

Em Busca da Montanha Perfeita!
Go Vegan



ps: caso queira ver o álbum completo das fotos, acesse

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